O mercado brasileiro em 2018, diferentemente dos últimos anos, está otimista. Mesmo com toda a inconstância que ainda envolve o cenário político brasileiro, os níveis inéditos de insatisfação da população com o atual presidente da república e a greve de caminhoneiros mais recente que quase parou o país, nossa economia está mostrando sinais de recuperação e promete mudanças positivas ainda este ano.
Motivos não faltam: as taxas de juros estão caindo e o crédito imobiliário voltou a ser acessível, o que facilitou a retomada do mercado imobiliário tanto na venda dos estoques das construtoras quanto na incorporação de novos empreendimentos em basicamente todas as regiões do país.
Como apontamos acima, o mercado imobiliário vem de uma ressaca de quase quatro anos e no fim do ano passado já começou a ensaiar uma reação, quando o FMI realizou uma revisão de crescimento do PIB Brasileiro de 2018 e apontou uma queda da taxa SELIC para níveis próximos de 7% a.a em 2018.
Estamos em um momento de nova transição: os imóveis brasileiros em geral passaram por uma forte valorização no período de 2008 a 2014. Logo em 2015 a crise se instaurou de vez no país e provocou uma derrocada nos preços dos imóveis. Para quem está constantemente ligado no mercado e trabalha com esse tipo de investimento, foi o momento ideal para investir em um imóvel, já que os preços caíram drasticamente.
Entretanto, não foram só os preços que diminuíram de 2014 até o ano passado. Houve também uma retração na oferta e na demanda de unidades. Com isso, o mercado sofreu com um desaquecimento e algumas construtoras e incorporadoras acabaram fechando as portas.
Do fim de 2017 até os próximos meses – provavelmente até o começo do 2º semestre de 2018 – ainda veremos ótimas oportunidades de compra, mesmo com todo esse cenário se invertendo. Essa inversão, na verdade, vem gerando um novo ciclo de oportunidades no segmento para quem buscava investir em imóveis, sobretudo na reta final desse ciclo de baixa.
O mercado está se reaquecendo e este reaquecimento leva um tempo considerável para mostrar seus efeitos. São meses de planejamento, desenvolvimento de novas campanhas de venda, negociação de contratos, disponibilização de crédito por parte dos programas de habitação para de fato de iniciar a construção de um novo empreendimento. E, mesmo no caso de empresas com um bom fluxo de caixa para investimento, o cenário não é tão diferente.
A dica é aproveitar as oportunidades de compra para investir ou até mesmo trocar de imóvel. Os índices econômicos vêm demonstrando uma recuperação em geral e consequentemente isso vai gerar uma nova demanda por imóveis e natural elevação de preços no setor. Como o estoque já está diminuindo há algum tempo, os descontos também estão começando a diminuir.
Por que o mercado imobiliário está se reaquecendo?
A lógica é simples, mas para quem não possui conhecimento econômico pode parecer algo super complexo. A ideia é desmistificar isso. Com a diminuição das taxas de juros e a queda gradual da inflação – abaixo da meta do Banco Central – basicamente todos os setores e segmentos da economia nacional são afetados: os de grande consumo como supermercados, comércio e serviços básicos são os primeiros afetados. Itens de médio consumo como eletrodomésticos e eletroeletrônicos, vêm logo depois.
Antes do mercado imobiliário, um último mercado passa por uma recuperação quando a economia vai bem: o setor automotivo. O conceito é que a taxa básica de juros e a inflação estão diretamente ligadas ao desempenho do mercado imobiliário. Como estão passando por um momento de diminuição, isso proporciona crescimento do mercado, superando até mesmo as previsões mais otimistas dos especialistas. Isso só demonstra a real força deste novo momento econômico que estamos vivendo no país.
Os números para 2018 são positivos para o mercado imobiliário
Os números são bastante favoráveis para a economia e para o mercado de uma forma geral em 2018. Um exemplo ótimo para ilustrar essa afirmação é o saldo 2017 da Caixa, uma das principais financiadoras de crédito imobiliário do país com 69% das operações para compra de casa própria, que fechou com R$432 bilhões na carteira de crédito de habitação. Se compararmos esse valor com o de 2016, o volume de empréstimos ficou 6,3% acima da média do ano retrasado.
As previsões de 2018 da Caixa são tão favoráveis quanto os números de 2017: o orçamento previsto para crédito habitacional é de R$82 bilhões, com uma meta física de lançamento de 650 mil novas unidades apenas pelos programas de habitação do Ministério das Cidades, não contando as habitações do mercado.
Também houve um crescimento de 5,2% em lançamentos residenciais verticais e um aumento de 9,4% nas vendas destes imóveis, comprovando a ideia de que os estoques estão diminuindo consideravelmente e em breve os preços dos imóveis voltarão a aumentar. Para se ter uma boa ideia do panorama de vendas, no acumulado de 2017, elas superaram os lançamentos em 11.878 unidades.
Mas afinal: vale a pena investir em imóveis em 2018?
A resposta direta é: sim.
Mas existem dois caminhos principais. O do financiamento imobiliário para aqueles que não conseguiram poupar muito e comprar um imóvel à vista, e o da compra à vista de um imóvel, o que exige um aporte financeiro considerável, mesmo com os preços ainda caminhando para um novo crescimento.
>> Modelo de compra à vista
Tecnicamente falando, o contexto econômico atual está muito benéfico para quem possui dinheiro suficiente para realizar uma compra à vista. A ideia é que investir em imóveis seja a curto ou a longo prazo ainda vale a pena nestes últimos meses.
Na prática, investir em uma época de instabilidade econômica – devido à instabilidade política – é uma ótima opção. Então aproveitar os últimos indícios da crise ainda vale a pena. Isso porque os preços em breve aumentarão de acordo com as previsões e, neste novo cenário, o melhor será poupar e investir em outros ativos como os fundos imobiliários, por exemplo.
>> Modelo de compra no financiamento
Existem algumas preocupações básicas para quem vai financiar um imóvel, independente da época ser de crise ou não:
– Busque por instituições financeiras confiáveis e com boas condições de crédito
– Pesquise bastante antes de fechar um contrato para evitar fraudes e irregularidades. De preferência, opte por instituições autorizadas pelo BC.
– Ler atentamente o contrato analisando as condições da operação, os direitos e obrigações do credor e do devedor.
– Solicitar planilhas de simulação da operação, com parcelas a serem pagas e o cálculo do Custo Efetivo Total (CET).
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