A relação entre inquilino e proprietário é uma das principais preocupações de uma imobiliária. E, por mais incrível que seja o tratamento entre ambas as partes, inevitavelmente, essa relação tende a passar por um momento delicado: o reajuste do aluguel.
Esse é o momento em que inquilino e proprietário precisam rever valores e alinhar expectativas, o que pode gerar dúvidas e, muitas vezes, desconforto na negociação.
Mas, a hora de negociar o reajuste do aluguel não precisa ser tensa. Na verdade, é uma oportunidade de manter o equilíbrio financeiro do contrato, levando em conta as variações da economia e o bom relacionamento entre as partes.
É justamente nesse equilíbrio que está o segredo de uma boa negociação! Continue a leitura e confira dicas para negociar o reajuste do aluguel com o proprietário do imóvel.
O que fazer para negociar o reajuste do aluguel?
COMPARAR ÍNDICES DE REAJUSTE
Primeiramente, é importante entender que o reajuste do aluguel não é um mero capricho do proprietário que almeja melhorar suas finanças. O reajuste está previsto na Lei do Inquilinato e serve para corrigir a perda do poder de compra da moeda ao longo do tempo, ou seja, para compensar a inflação.
Essa compensação é baseada em indicadores que medem a variação dos preços e o custo de vida das pessoas.
- Índice Geral de Preços – Mercado
Mais conhecido como IGP-M ou “inflação do aluguel”, é a principal referência na hora de negociar o reajuste do aluguel. Seu cálculo leva em consideração os preços do varejo, da edução, habitação e construção civil.
- Índice de Preços para o Consumidor Amplo – IPCA
Observa a variação de preços de 430 mil produtos em 30 mil locais brasileiros para revelar o impacto dos preços no bolso da população, como os alimentos da cesta básica.
Sendo assim, a comparação do IGP-M e do IPCA é importante na hora de negociar o reajuste do aluguel para fazer concessões e reduzir conflitos.
MOSTRAR DADOS DO MERCADO IMOBILIÁRIO
Muitas vezes, após alugar o imóvel, o proprietário deixa de se atentar a alguns dados do mercado imobiliário, como a taxa de imóveis vagos no bairro e os valores de outros imóveis alugados da região.
Como inquilino, essa é a sua chance de trazer informações que revelem o risco da sua saída do imóvel (caso você não aceite o valor proposto para o reajuste).
Além disso, caso o imóvel não esteja em perfeitas condições, você pode argumentar que será difícil para o proprietário encontrar um inquilino que aceite morar ali.
DIÁLOGO ABERTO E TRANSPARENTE
Uma negociação não é disputa, mas a busca por um ponto de equilíbrio. Por isso, na hora de negociar o reajuste do aluguel, adote uma postura colaborativa em que você se sinta confortável para conversar com o proprietário.
Seja transparente e sincero para explicar as mudanças na sua renda, que podem ter sido ocasionadas por imprevistos financeiros ou pelo aumento de outras despesas fixas. Mas, não deixe de mostrar seu interesse em continuar no imóvel e liste os motivos que fazem de você um bom inquilino.
CONTE COM A MEDIAÇÃO DA IMOBILIÁRIA
Negociar o reajuste de aluguel por conta própria pode ser delicado, especialmente quando existem divergências sobre valores ou falta de interpretação dos índices.
Por isso, contar com o apoio de uma imobiliária de confiança é o caminho mais seguro e profissional porque a imobiliária atua com imparcialidade, garantindo que o processo de locação siga a legislação e que o reajuste seja calculado com base nos índices e prazos corretos.
Essa dica vale tanto para inquilinos, quanto para proprietários, que precisam ter a certeza de seu imóvel será bem cuidado.
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