As principais técnicas de comunicação para corretores de imóveis

16 dez 2025 /

As principais técnicas de comunicação para corretores de imóveis

No mercado imobiliário, especialmente em regiões altamente competitivas, o cliente escolhe não apenas o imóvel, mas também quem vai o ajudar a conduzir toda a negociação.

Sim. Preço, metragem e localização do imóvel são importantes, mas a forma como o corretor se comunica é o que define se o cliente avança, trava ou procura outro profissional. 

E quem faz parte desse mercado precisa estar preparado para lidar com diversos tipos de clientes, necessidades e imóveis para adequar a mensagem.

Com isso, existem técnicas de comunicação para corretores de imóveis que mudam o jogo na hora de vender ou alugar um imóvel. 

E a seguir, você confere quais são essas técnicas pensadas para o dia a dia real do correto, do primeiro contato ao pós-visita.

1. Desenvolva uma escuta ativa

No mercado imobiliário, ouvir com atenção é uma maneira de demonstrar que o corretor realmente se importa com o que o cliente precisa, e não está em busca apenas de mais um contrato assinado. 

Ela também é ferramenta de diagnóstico, pois quando um cliente diz “Quero um apartamento maior”, o que ele pode estar dizendo, na prática, é:

  • A família cresceu;
  • O home office virou prioridade;
  • Ele quer mais conforto, não necessariamente mais quartos.

E como aplicar escuta ativa no atendimento imobiliário?

  • Pergunte o porquê da necessidade, não apenas o quê;
  • Identifique gatilhos emocionais (segurança, status, praticidade, investimento);
  • Observe contradições entre discurso e comportamento.

Um bom exemplo prático é: se o cliente diz que quer investir, mas faz muitas perguntas sobre lazer e conforto, talvez ele esteja buscando segurança patrimonial com possibilidade de uso futuro, não apenas rentabilidade.

Corretores que escutam bem erram menos nas indicações e ganham mais credibilidade.

2. Ter uma boa comunicação escrita e oral

Comunicação escrita

No WhatsApp, o corretor disputa atenção com trabalho, família e redes sociais, com isso textos longos, confusos ou genéricos costumam ser ignorados

Dessa forma, um corretor com boa comunicação deve enviar mensagens diretas e coesas, com começo, meio e fim, destacando um objetivo por mensagem.

Além disso, uma boa escrita e conversa passa maior credibilidade ao cliente. Não se trata de escrever de maneira rebuscada ou utilizando jargões técnicos, mas em respeitar a gramática e ortografia nas mensagens escritas e/ou faladas. 

Na dúvida, revise sempre o texto ou escute o seu áudio novamente antes de enviar. Existem diversos chatbots com IA generativas (Chat GPT e Gemini) que podem te ajudar a revisar a sua mensagem, sem tirar a essência do seu atendimento.

Para ler depois → IA para corretores: como usar para aumentar a sua produtividade

Outra dica de ouro: evite áudios longos sem contexto! Para ficar mais fácil, aqui vai um exemplo:

❌ “Bom dia, tudo bem? Estou te mandando algumas opções, depois você me fala.”

✔ “Bom dia, João! Separei 3 apartamentos em São Bernardo que atendem ao seu perfil (2 dorms., vaga e lazer). Posso te enviar?”

É uma frase simples, mas que vai direto ao ponto.

Comunicação oral

Já na comunicação oral em visitas e negociações,  o erro mais comum na comunicação oral do corretor não é falar demais…. é ficar quieto demais, ou responder de forma superficial quando o cliente quer profundidade.

No atendimento imobiliário, silêncio excessivo costuma transmitir:

  • Falta de domínio técnico;
  • Insegurança sobre o imóvel ou a negociação;
  • Despreparo para lidar com objeções.

Portanto, na comunicação oral o cliente não espera um discurso decorado, mas espera clareza, profundidade e domínio.

Algumas boas práticas são:

✅Antecipe dúvidas com explicações claras;

✅Use comparativos reais da região;

✅Traga dados de mercado de forma simples;

✅Explique regras, taxas e processos sem ser provocado;

✅Deixe o cliente comentar antes de rebater objeções.

O cliente se sente seguro quando percebe que o corretor domina o assunto.

3. A comunicação não verbal também conta

Antes mesmo de você abrir a boca, o cliente já formou uma primeira impressão, pois a comunicação não verbal também é o posicionamento que você transmite ao cliente.

Por isso, no atendimento imobiliário é importante transmitir uma postura corporal aberta e segura, com gestos que demonstram engajamento com o que está sendo falado, atenção às expressões faciais para não transmitir a mensagem errada, e adequar o tom de voz de acordo com o ambiente.

Coerência entre discurso e postura gera confiança imediata.

4. Saber por onde e quando abordar 

Nem todo contato pede ligação ou áudio. Nem toda ligação pede fechamento. Por isso, o corretor deve saber escolher o canal certo para cada tipo de situação.

Como escolher o canal certo:

  • WhatsApp: relacionamento, envio de opções, acompanhamento;
  • Ligação: objeções, negociação, decisões;
  • Email: propostas, comparativos, documentos;
  • Presencial: leitura emocional e fechamento.

Lembre que o timing é tudo. Um acompanhamento bem feito gera venda, já um invasivo cria um bloqueio.

5. Personalize a comunicação

Na jornada de compra ou locação de um imóvel, quem é corretor vai lidar com diferentes públicos: casais comprando o primeiro imóvel, famílias mudando de bairro, investidores atentos à valorização, pessoas buscando upgrade de padrão e tantos outros.

Se as necessidades são diferentes, a comunicação também deve trazer tom e argumentos distintos para cada tipo de público.

Confira alguns exemplos do que abordar na sua mensagem

Para quem compra o primeiro imóvel:

  • Linguagem mais didática e acolhedora;
  • Explicação clara sobre etapas, documentos e riscos;
  • Ênfase em segurança da decisão e previsibilidade.

Para famílias mudando de bairro:

  • Comparação entre regiões;
  • Impacto na rotina diária (escolas, hospitais, mobilidade, etc.);
  • Benefícios práticos do entorno.

Para investidores:

  • Dados objetivos e comparativos;
  • Cenário de valorização e demanda.

Para quem busca upgrade de padrão:

  • Comunicação mais consultiva;
  • Destaque para diferenciais e exclusividade;
  • Conexão com estilo de vida e status.

6. Objetividade e clareza na mensagem

No mercado imobiliário, o objetivo é respeitar o tempo e a atenção do cliente, por isso mensagens longas, confusas ou vagas tendem a não ser lidas e respondidas, especialmente via WhatsApp e e-mail.

A comunicação do corretor deve ser direta e transparente, sem omitir informações importantes como valores, taxas, regras do condomínio ou pontos de atenção do imóvel. 

Esconder dados pode até manter o interesse inicial, mas compromete a confiança ao longo da negociação. 

Quando o cliente entende rápido a proposta, a conversa flui melhor, e a decisão acontece com mais segurança.

7. Conheça as principais técnicas de persuasão

No mercado imobiliário, persuasão ajuda a conduzir a conversa de forma estratégica, ajudando o cliente a enxergar valor e tomar uma decisão com segurança.

Entre as técnicas mais eficazes estão:

  • Autoridade: demonstrada pelo domínio da região, do imóvel e dos processos; 
  • Prova social: citar experiências reais de outros clientes com perfil semelhante;
  • Escassez legítima: quando existe alta demanda ou poucas unidades disponíveis.

Antecipar objeções também é uma forma de persuasão: explicar pontos sensíveis antes que virem barreiras mostra transparência e preparo. 

No fim, o cliente não compra apenas o imóvel, compra a segurança de estar tomando a decisão certa.

A comunicação é uma das principais ferramentas do corretor de imóveis. Escutar bem, explicar com clareza, adaptar o discurso ao perfil do cliente e usar a persuasão de forma ética são fatores que aumentam a confiança e facilitam o fechamento.

Para aprofundar sua evolução profissional, leia também: O corretor de imóveis do futuro: as habilidades que vão separar profissionais comuns dos consultores.

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