
Além do valor total da propriedade, comprar um imóvel também traz custos extras. Esses custos incluem documentação, impostos e melhorias necessárias antes da mudança.
Por isso, no planejamento rumo à casa nova, essas despesas também devem estar incluídas no orçamento para que não haja surpresas ao longo da negociação.
Você já sabe quais são esses custos na compra de um imóvel?
Neste conteúdo, listamos as principais taxas e outros gastos envolvidos na aquisição de uma casa ou apartamento, seja por financiamento ou à vista.
Confira com atenção quais são e veja se alguma dessas opções você ainda não conhecia.
ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis)
Você sabia que para comprar um imóvel é preciso pagar um imposto?
O ITBI (Imposto de Transmissão de Bens Imóveis) é um imposto municipal que incide sempre que há uma transferência de propriedade de um imóvel.
Portanto, ao adquirir uma casa, o comprador deve pagar o ITBI para que a transação seja legal e regular, conforme descrito na Lei Nº 11.154/1991.
A taxa do imposto de transmissão de imóvel depende de cada cidade, mas costuma variar de 2 a 3% do valor total de um imóvel.
Porém, é sempre válido tirar essa dúvida com seu corretor de imóveis ou a imobiliária responsável.
Escritura pública
O custo da escritura pública na compra de um imóvel muda conforme o valor do bem e o estado brasileiro onde ocorre a transação.
Ela é obrigatória quando o imóvel vale mais de 30 salários mínimos e não foi financiado pelo SFH (Sistema Financeiro da Habitação).
Esse custo inclui os emolumentos do cartório, que seguem uma tabela regulamentada pelo Tribunal de Justiça de cada estado.
Registro do imóvel no Cartório de Registro de Imóveis
Só é dono quem registra.
Assim como o pagamento do ITBI, o registro da escritura pública no Cartório de Registro de Imóveis também é obrigatório para validar a transação do bem. E o que é isso?
O RGI, Registro Geral de Imóveis, é o ato de formalizar essa transferência na matrícula do imóvel para que, a partir disso, a casa esteja realmente no seu nome e ninguém possa reivindicar a posse dessa propriedade.
O valor do registro fica entre 1% a 3% do valor venal do imóvel, estimativa de preço da propriedade estipulada pelo poder público com base em alguns critérios.
Taxa de avaliação do imóvel
Para quem vai comprar um imóvel pronto financiado, alguns bancos podem exigir uma taxa de avaliação de imóvel, que serve para validar o preço de uma propriedade no mercado antes de conceder o crédito do financiamento.
Nesse processo, profissionais como engenheiros e arquitetos realizam uma vistoria para verificar as condições e atributos do imóvel.
É uma maneira das instituições financeiras assegurarem que o valor solicitado para o financiamento é condizente com o valor da propriedade.
A taxa varia de banco para banco, mas está em torno de R$ 2.000 a R$ 4.000.
Esse custo muitas vezes é desconhecido por quem vai comprar um imóvel novo, mas vale averiguar se o seu banco realiza essa prática ou não na hora de financiar.
Comissão de corretagem
Na relação de custos para compra de um imóvel também precisa estar listado a comissão de corretagem.
Esse valor é destinado ao profissional que concretizou a venda da propriedade, como uma remuneração pelo serviço prestado e consultoria ao longo da jornada de compra.
É uma cobrança válida, prevista no Código Civil, artigo 725.
Apesar dessa ser uma obrigação do vendedor, é comum que haja um acordo que transfira essa responsabilidade ao comprador da propriedade, porém, tudo isso deve ser discutido e detalhado no contrato de compra e venda de maneira transparente.
A comissão de corretagem varia em cada região, mas o CRECI-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo) estipula entre 6% a 8% do valor da negociação de imóveis urbanos.
Mas não se preocupe, na maioria das vezes a corretagem já está inclusa no valor do imóvel repassado pela imobiliária responsável.
Reformas e melhorias
Se a intenção é adquirir um imóvel usado, o investimento em melhorias e reformas também deve estar previsto entre os custos adicionais na compra de um imóvel.
Entre essas despesas estarão a manutenção da estrutura, restauração de pinturas, troca de revestimentos, louças e esquadrias, entre tantas outras coisas que serão necessárias para o bem-estar na moradia e o gosto pessoal.
Nesta etapa, profissionais da área recomendam que sejam investidos de 20% a 35% do valor do imóvel.
Contudo, se a reforma para fins estéticos não for prioridade no momento, é possível que essas mudanças sejam feitas aos poucos, já depois da aquisição.
Portanto, na hora de comprar um imóvel, é essencial considerar todos os custos envolvidos além do valor de venda, como taxas, impostos, escritura e eventuais reformas.
Ainda, se você está pensando em economizar e comprar um imóvel para reformar, vale a pena entender se essa é realmente uma boa ideia.
Descubra se vale a pena comprar um imóvel para reformar e veja os prós e contras dessa decisão!
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