Seguro residencial é bom na hora de comprar um imóvel?

1 jun 2018 /

Seguro residencial é bom na hora de comprar um imóvel?

Comprar um imóvel é o sonho de boa parte dos brasileiros, mesmo os mais novos. A sensação de segurança que temos quando adquirimos um imóvel nosso ainda é importante em um país com uma certa instabilidade política e econômica como o Brasil.

E dentro dessa realidade vem em mente uma pergunta muito importante com relação ao momento da compra do imóvel: qual é a melhor forma de adquirir um novo imóvel para morar, com ou sem seguro residencial?

É importante frisar que este é um questionamento que muitos não levam em consideração, já que, hoje, menos de 15% dos imóveis residenciais brasileiros possuem seguro, segundo um levantamento da Federação Nacional de Seguros Gerais (FenSeg).

Apesar desta porcentagem estar crescendo ano a ano, o número ainda é baixo se comparado a um seguro como o de um carro. É muito mais comum ouvir a conversa sobre o seguro do carro e sua extrema necessidade por conta da segurança pública e de eventuais acidentes, em vez do seguro da casa. Entretanto, as pessoas se esquecem que acidentes como incêndios também podem ocorrer.

Mas incêndios não são o único motivo para contratar um seguro residencial. Seguros deste tipo cobrem diversos problemas e imprevistos que podem ocorrer com um imóvel. Eles podem cobrir danos elétricos, enchentes e danos a terceiros, além de desastres naturais maiores como vendavais, muito mais comuns no sul do país.

Como funciona o seguro residencial?

O seguro residencial básico é o mais comum e cobre desastres naturais mais comuns como incêndios, quedas de raios ou explosões. Entretanto, engana-se quem acredita que vai receber o valor dos eletrodomésticos de volta em uma pane elétrica por conta de raios, por exemplo.

O cálculo do seguro é feito com base no valor do apartamento ou casa e de uma estimativa de custo dos bens que o integram. Logicamente, os seguros oferecem um valor aproximado, portanto, não o valor completo de todos os bens que você possui em casa. Eventualmente, o valor ultrapassa o valor dos bens, mas isso é raro.

Outra proteção que o seguro residencial – mas neste caso não o básico – pode cobrir é a questão da responsabilidade civil. Ela refere-se ao problema de quando algo que estava sob sua responsabilidade prejudicou um terceiro. Por exemplo, se o seu cachorro escapou da casa e machucou alguém, o seguro paga pelos danos. O mesmo serve para quando uma planta cai da varanda de um apartamento, por exemplo, e acerta uma pessoa. Essas são algumas situações que podem ter cobertura por responsabilidade civil.

Outro fator positivo de alguns seguros residenciais é o serviço de assistência 24h. Diversas empresas atualmente – na verdade a maioria delas, oferecem este tipo de serviço já incluso no preço do seguro, o que representa um grande argumento de venda e de compra. Essa assistência 24h, na maior parte dos seguros, cobre serviços como chaveiro, encanador, eletricista, entre outros serviços básicos necessários nas casas.

Para que realmente serve um seguro residencial?

Ele serve primordialmente para garantir a proteção do patrimônio do cliente. E isso não se refere somente à estrutura física da residência, mas também, em algumas opções, garantir a segurança de tudo o que está dentro do imóvel como eletrodomésticos, móveis e até mesmo a rede elétrica e o encanamento da casa, caso sejam danificados.

O seguro residencial não costuma cobrir tudo

Parece óbvio, mas muita gente se assusta com este fato. Mesmo contratando um seguro residencial, você precisa tomar muito cuidado com quais coberturas ele oferece. A velha máxima de ler o contrato assinado, para não passar nenhum aperto é essencial. Isso porque a lista de cobertura de um seguro costuma variar de acordo com a empresa em questão. Mesmo com serviços relativamente padronizados em suas ofertas, a cobertura tem suas peculiaridades.

Verificar o que está descrito no tópico “riscos excluídos” do Manual do Segurado ajuda muito, por exemplo. E se você se sentir enganado, lembre-se sempre de averiguar o que seu seguro te oferece para ter certeza – na hora da contratação do seguro – de que as exclusões definidas em contrato não te surpreenderão futuramente.

Valores obrigatórios do seguro residencial

Lembra os valores comentados no começo do texto? Então, em um seguro residencial, o valor das indenizações necessariamente está limitado ao valor contratado em cada cobertura individualmente. Um exemplo para ilustrar isso é o caso de um cliente que contrata o seguro e define uma cobertura de R$ 250 mil para incêndio, mas o prejuízo é maior que este valor. Depois do valor definido por contrato e assinado pelo cliente, não é possível fazer qualquer tipo de reclamação sobre a indenização, já que ela será de no máximo R$ 250 mil, o valor pré-determinado em contrato.

Também parece óbvio, mas é importante ressaltar: a seguradora só tem a obrigação de cobrir tudo o que estiver no contrato, nada a mais do que isso. E é exatamente por conta disso que é tão importante a atenção do consumidor na leitura da apólice do seguro.

Mas no fim das contas: vale a pena contratar um seguro residencial?

Se a dúvida existe, é porque existem casos em que a contratação não é tão vantajosa para o proprietário. Aqui cabe uma análise aprofundada de todos os cenários antes de tomar a iniciativa de procurar uma seguradora e contratar um seguro com coberturas que não são necessárias para o seu caso.

O custo-benefício é palavra-chave neste momento. Geralmente os seguros de carros são bem mais caros que os de imóveis, portanto, a análise do preço garante um sim, na maior parte dos casos. No entanto, o preço não é tudo nesta análise.

É preciso que o seguro residencial ofereça coberturas que toquem em pontos sensíveis da segurança da sua residência e da sua família para se tornar realmente vantajoso. Quer um exemplo: quem mora em um apartamento corre muito menos risco de ser assaltado do que alguém que reside em uma casa, ainda mais quando este imóvel é localizado em um bairro com maior índice de criminalidade. Morar sozinho ou deixar o imóvel vazio por longos períodos de tempo, também é um agravante importante para considerar um seguro residencial.

Entretanto, o fator mais importante para comprovar se é bom contratar um seguro residencial é o fator da tranquilidade de contar com a proteção total ou mesmo parcial para aquilo que é geralmente a propriedade mais cara de uma família. Além disso, é a garantia de que, mesmo com o pior dos problemas, sua propriedade estará assegurada e você não terá dores de cabeça para resolver a situação.

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