Como a crise nas Americanas reflete no mercado imobiliário

18 jan 2023 /

Como a crise nas Americanas reflete no mercado imobiliário

Inconsistências em lançamentos contábeis” é o nome da crise desencadeada no dia 11 de janeiro na Americanas, uma das principais empresas brasileiras.

O valor da crise: R$ 20 bilhões. Valor potencial da dívida: R$ 40 bilhões. 

Desde então, o mercado financeiro está em polvorosa e tem visto muitas ações da Americanas despencarem, com a desvalorização chegando a 75%. 

Inclusive no ramo imobiliário, a crise da Americanas também tem seus reflexos: segundo a Suno Research, alguns Fundos Imobiliários (FFIs) registraram impacto negativo em janeiro, pois têm operações relacionadas com a Americanas, que responde, em alguns casos, por 34% da receita de contratos de locação, cerca de 218 mil m².

Essa operação negativa aconteceu porque a Americanas aluga galpões logísticos e lojas de shoppings, que fazem parte do portfólio de fundos. Os fundos imobiliários relacionados a Americanas são: 

  • GGR Copevi (GGRC11)
  • Bresco Logística (BRCO11)
  • Max Retail (MAXR11)
  • XP Log (XPLG11)
  • RBR Log (RBRL11)
  • Vinci Imóveis Urbanos (VIUR11)

Em contrapartida, na opinião de especialistas, o lado positivo para estes fundos imobiliários é que, no mercado de renda variável, os fundos são uma opção de risco menor pois, caso a Americanas devolva os imóveis, o patrimônio do fundo – o próprio imóvel – não será perdido e pode ser colocado para locação novamente.

Eventualmente, é válido saber que, os investimentos feitos em fundos imobiliários estão relacionados ao imóvel, e não ao inquilino. Isso significa que, apesar dos fundos serem afetados, os investidores são os mais impactados com a crise. 

Compra de Imóveis

No geral, a crise da Americanas mostra que a melhor opção, na maioria das vezes, é a compra do imóvel.

O ano passado, por exemplo, registrou a maior alta (6,16%) no preço da venda de imóveis nos últimos oito anos, segundo o índice FipeZAP+. Este aumento supera até o IPCA (5,79%) do período, o que fez com que os preços tivessem aumento real (acima da inflação) de 0,37%. 

No geral, o preço médio de venda em dezembro de 2022 foi de R$ 8.321, o metro quadrado. Na cidade de São Paulo, o preço de venda ficou em R$ 10.196/m².

Contudo, em virtude da mudança de governo, a palavra de ordem para o mercado imobiliário é cautela, pelo menos nos seis primeiros meses de 2023.

Em suma, para a segunda metade do ano, especialistas esperam um reaquecimento do mercado imobiliário, caso a inflação, taxa Selic e o dólar estejam em patamares positivos na economia brasileira.

SAIBA MAIS -> Mercado imobiliário em 2023 deve crescer

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